domingo, 22 de fevereiro de 2015

Apresentação da Colecção Novela Gráfica


É já na próxima quinta-feira que estreia a nova colecção de Banda Desenhada da Levoir, distribuída com o jornal Público. Uma colecção que motivou que este blog não tenha sido tão actualizado nos últimos tempos como gostaria, mas que, para mim, é a melhor colecção de BD já publicada com um jornal e o maior acontecimento editorial em Portugal nos últimos anos, na área da Banda Desenhada.
Deixo-vos então com o texto do destacável de apresentação da colecção distribuído ontem com o jornal Público e, no dia em que cada volume chegar às bancas, aqui postarei o texto de apresentação do mesmo escrito para o Público.


NOVELA GRÁFICA: UM FENÓMENO UNIVERSAL

Embora o termo tenha surgido pela primeira vez nos Estados Unidos, a novela gráfica está presente em todos os mercados e esta colecção pretende também transmitir uma ideia da dimensão global que este género de Banda Desenhada atingiu, apresentando alguns dos títulos mais emblemáticos e premiados, originários dos quatro cantos do mundo, começando naturalmente pelos E.U.A, onde a expressão nasceu.


1 – ESTADOS UNIDOS
E a colecção não podia abrir com outro autor, que não Will Eisner. Tido como o pai da novela gráfica, graças a Um Contrato com Deus, o título que abre esta colecção, Eisner nasceu em 1917 e faleceu em 2005. Foi toda uma vida dedicada à BD (ou arte sequencial, como preferia chamar-lhe) tendo estado ligado ao nascimento da indústria dos comics em 1936, através do estúdio Eisner/Eiger, do mesmo modo que, em 1978 quando regressa à BD com Um Contrato com Deus, alarga mais uma vez os limites da Banda Desenhada, fazendo-a entrar nas livrarias. Desenhador virtuoso, aliou a sua criação artística ao pensamento e análise sobre os comics, sendo autor de livros técnicos incontornáveis como Comics and Sequential Art e professor durante várias décadas na School of Visual Arts, de Nova Iorque.

Outro criador americano incontornável é Robert Crumb, o papa do Underground Comix, aqui representado por O Livro de Mr. Natural, uma recolha de histórias curtas daquele que é, a par com Fritz, the Cat, o seu personagem mais carismático.
Nascido em Filadélfia em 1943, Crumb estreou-se profissionalmente como desenhador em 1962, numa companhia de cartões de boas festas de Cleveland, mas foi no final dos anos 60 que a sua carreira na BD arrancou, graças à revista Zap Comix!, titulo escrito, desenhado e publicado pelo próprio Crumb, que rapidamente se tornou um sucesso junto da comunidade underground. Para além de uma vastíssima produção, dividida entre a Banda Desenhada e a ilustração, Crumb é também um apaixonado pela música, tocando banjo numa banda e tendo ilustrado capas para inúmeros discos de jazz, blues e rock. Crumb está radicado em França desde 1991, país que lhe atribuiu o Grande Prémio do Festival de Angoulême em 1999 e lhe consagrou uma grande exposição no Museu de Arte Moderna, em Paris, em 2012.

2 – PAÍSES FRANCÓFONOS
A Banda Desenhada de língua francesa está representada nesta colecção por um punhado de criadores incontornáveis, começando desde logo pela dupla Moebius/Jodorowsky. Senhores de carreiras impossíveis de resumir neste curto espaço, Jean (Moebius) Giraud e Alejandro Jodorowsky são conhecidos sobretudo pela série de ficção científica de culto, O Incal, mas a sua colaboração, que começou no cinema, vai muito para além disso, como o provam obras incontornáveis como Os Olhos do Gato, ou este A Louca do Sacré Coeur, uma tão divertida como desconcertante paródia às religiões, onde é possível estabelecer paralelos com a biografia dos autores.
Outro nome que dispensa apresentações é o do francê Jacques Tardi. Várias vezes premiado no Festival de Angoulême e vencedor de três Prémios Eisner, o autor nascido em 1946, que os leitores portugueses conhecem graças à série Adèle Blanc-Sec, está representado por Foi Assim a Guerra das Trincheiras, a sua obra mais emblemática, dedicada a um tema fulcral da na sua obra, a I Guerra Mundial.
Também o suíço Cosey é bem conhecido dos leitores portugueses, graças à série Jonathan, um dos títulos mais emblemáticos da revista Tintin e aqui surge representado pela sua primeira história sem herói, Em Busca de Peter Pan, díptico que tem por cenário os Alpes da sua Suíça natal e que aqui surge publicado na versão integral.
E há ainda o francês Edmond Baudoin, de que falaremos mais à frente, uma vez que o livro que o representa nesta colecção foi feito para o mercado japonês.


3 – ITÁLIA
Pátria de grandes nomes da história da BD, como Hugo Pratt, Dino Battaglia, Guido Buzzelli, ou Milo Manara, a Itália está representada nesta colecção pelo mais fabuloso dos seus desenhadores, Sergio Toppi. Senhor de um estilo único, marcado pelo revolucionário tratamento da página enquanto unidade estética, Toppi (1932 – 2012) está representado pela sua obra-prima, Sharaz-De, uma deslumbrante revisitação dos contos das Mil e Uma Noites, a que o seu grafismo único dá uma ainda maior dimensão fantástica.


4 – JAPÃO
Berço da maior indústria de Banda Desenhada a nível mundial, pátria de criadores como Osamu Tezuka e Naoki Urasawa, o Japão está (muito bem) representado por Jiro Taniguchi, o mais europeu dos desenhadores japoneses. Nascido em Totori, no Japão, em 1947, Taniguchi, que tem publicado em Portugal, O Homem que Caminha, surge nesta colecção com O Diário do meu Pai, relato intimista, de grande beleza e sensibilidade, que tem precisamente por cenário a aldeia natal do autor.
Um dos primeiros desenhadores europeus a entrar no poderoso mercado japonês, onde este livro foi originalmente publicado, o francês Edmond Baudoin, estreia-se em português nesta colecção com A Viagem. Premiado com o Alph Art para o Melhor Argumento no Festival de Angoulême de 1997, AViagem concilia a dimensão onírica e sensual, tão típicas de Baudoin, com uma narrativa assente na componente visual, características dos mangá, a BD japonesa.


5 – PENÍNSULA IBÉRICA
A Península Ibérica surge representada nesta colecção por duas novelas gráficas multi-premiadas, como são o caso de Beterraba, e A Arte de Voar. Assinada por Miguel Rocha, um dos mais virtuosos ilustradores portugueses, responsável pela ilustração do cartaz do Euro 2004, de futebol, Beterraba: A Vida numa Colher, é uma saga alentejana, contada com cores luminosas e vibrantes, feita ao abrigo de uma Bolsa de Criação Literária do Ministério da Cultura, tendo vencido os prémios de Melhor Livro e Melhor Desenho no Festival da Amadora de 2004.
Já a nossa vizinha Espanha está representada por A Arte de Voar, título de António Altarriba e Kim, que arrebatou os principais Prémios de BD espanhóis em 2010, incluindo o prestigiado Premio Nacional del Comic. Escrito pelo escritor, professor e ensaísta Antonio Altarriba e ilustrado por Kim, um dos nomes maiores da emblemática (e controversa) revista El Jueves, A Arte de Voar é um bom exemplo da grande qualidade actual da BD feita por nuestros hermanos.


6 – AMÉRICA DO SUL
E a colecção fecha com dois títulos oriundos da América do Sul, que irão ser distribuídos na mesma semana. São eles Mort Cinder, o ponto mais alto da colaboração entre o urugaio Alberto Breccia e o argentino Hector Oesterheld, que é finalmente publicado na íntegra em português e Bando de Dois, uma história de cangaceiros, narrada pelo brasileiro Danilo Beiruth, no melhor registo dos Western Spaguettis de Sergio Leone.
Hector German Oesterheld (1919-1977) foi o maior argumentista de língua espanhola, autor de séries incontornáveis como El Eternauta, Sgt. Kirk (com Hugo Pratt), ou Ernie Pike, mas foi nas suas colaborações com Alberto Breccia (1919-1993) que a sua escrita mais brilhou, muito por via do virtuosismo e da criatividade visual de Breccia, que tem em Mort Cinder o seu expoente máximo.  
Nascido em São Paulo em 1973, o brasileiro Danilo Beiruth trocou a publicidade pela BD em 2007, mas foi em 2010, com Bando De Dois, título que além do Prémio Angelo Agostini, lhe valeu três troféus HQ Mix, os mais importantes prémios da indústria de BD brasileira, que se tornou um nome incontornável da BD brasileira contemporânea.


DE QUE FALAMOS, QUANDO FALAMOS DE NOVELA GRÁFICA


Tradução literal (e incorrecta, pois novel em português, significa romance…) do termo inglês graphic novel, o termo novela gráfica entrou já no vocabulário dos leitores portugueses de Banda Desenhada e associa-se instintivamente a histórias de qualidade e com uma dimensão estética e literária requintada, menos provável de encontrar na produção editorial corrente.
A designação surge pela necessidade sentida por alguns autores americanos, de demarcarem o seu trabalho da carga depreciativa associada ao termo comics, usado de forma indiscriminada para designar a BD nos Estados Unidos. Exactamente por terem consciência que o termo se aplicava apenas a uma pequena parte da produção existente (as histórias cómicas, ou humorísticas, constituem uma parte cada vez mais ínfima da produção americana, onde os super-heróis continuam a ser o género dominante) e ao formato específico dos comic books (revistas com uma dimensão de 17 X 26 cm, com vinte e poucas páginas, normalmente ocupadas por histórias de super-heróis), surgiram outros nomes alternativos. É o caso do termo comix, utilizado para definir a BD alternativa (ou underground) surgida nos campus universitários americanos durante os anos 60 do século XX, e graphic novel, designação que aproxima a BD da literatura. Uma designação aplicada a um tipo de narrativas extensas, com uma dimensão literária e um tipo de preocupações estéticas muito difíceis de encontrar no formato restritivo de um comic book, limitado a narrativas breves, passíveis de serem contadas em pouco mais de vinte páginas.
Embora não tenha sido o primeiro a usar o termo, que já estava presente no Zeitgest cultural americano do final dos anos 70, tanto na sua forma actual, como em subtis variações, como graphic album, visual novel, ou illustrated novel, Eisner, sem nunca ter reivindicado para si esse estatuto, foi considerado por muitos como o criador da novela gráfica, pelo impacto crítico e comercial que Um Contrato com Deus teve  junto do público americano.
O sucesso de títulos posteriores como Maus de Art Spiegelman e de The Dark Knight Returns de Frank Miller e Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons (dois títulos publicados originalmente como mini-séries) ajudou a que o termo graphic novel entrasse na linguagem comum.
Mas, mesmo que ninguém lhes desse ainda esse nome, as novelas gráficas são bem anteriores, podendo mesmo englobar-se nesta categoria L’Histoire de M. Vieux Bois, de Rodolphe Topffer, publicada em 1837, como a primeira novela gráfica. Pelo menos era essa a opinião do seu amigo e primeiro crítico de BD, o filósofo e escritor Goethe, que definiu a obra de Topffer, como “a literatura do futuro”.
Também uma obra como A Balada do Mar Salgado de Hugo Pratt, criador que preferia usar o termo literatura desenhada, para classificar o seu trabalho, pode ser considerada uma novela gráfica. O mesmo se pode dizer em relação à esmagadora maioria das histórias publicadas na revista francesa (A Suivre) que, ao não impor limites de páginas aos trabalhos dos seus autores, dava-lhes a possibilidade de criar “os grandes romances da Banda Desenhada”, como é o caso de Foi Assim a Guerra das Trincheiras, de Tardi, publicado originalmente em capítulos na revista (A Suivre) e incluído nesta colecção. No fundo, não é o modo como é originalmente publicado, que define o estatuto de uma obra. Basta pensar em escritores como Charles Dickens, Alexandre Dumas, ou o “nosso” Camilo Castelo Branco, cuja obra saiu primeiro em capítulos nos jornais, antes de ser recolhida em livro.
Assim, nesta colecção temos títulos concebidos originalmente para o formato novela gráfica, como o é o caso de Um Contrato com Deus, de Will Eisner, Beterraba, de Miguel Rocha, A Arte de Voar, de Altarriba e Kim, e Bando de Dois, de Danilo Beiruth, a par com livros publicados originalmente por capítulos em revistas, como A Viagem, de Baudoin, Foi Assim a Guerra das Trincheiras, de Tardi, O Livro de Mr. Natural, de Robert Crumb, Sharaz-De, de Toppi, Em Busca de Peter Pan, de Cosey, O Diário do meu Pai, de Jiro Taniguchi e Mort Cinder, de Breccia e Oesterheld e ainda histórias completas que foram originalmente publicadas em mais do que um volume, por razões puramente editoriais, como é o caso de A Louca do Sacré Coeur, de Moebiusw e Jodorowsky.
Ou seja, títulos com origens diversas, mas que têm como grande elemento unificador a vontade de contar histórias de grande fôlego, de grande qualidade estética e literária, que sendo arte sequencial, são também literatura desenhada.


A COLECÇÃO


1 – Um Contrato com Deus
26 de Fevereiro
Argumento e Desenhos – Will Eisner
Considerada por muitos como a obra fundadora do género Novela Gráfica, Um Contrato com Deus recolhe quatro histórias curtas inspiradas nas vivências de Eisner nos bairros pobres da Nova Iorque dos anos 30. Histórias que se desenrolam num mesmo prédio de apartamentos no Bronx, traçando uma imagem cheia de riqueza das frustrações, alegrias, desilusões e violência da vida das classes mais pobres da Grande Depressão na América.

2  – A Louca do Sacré Coeur
05 de Março
Argumento – Alejandro Jodorowsky
Desenhos – Moebius
Alain Mangel, professor de filosofia na Sorbonne, é seduzido por uma das suas alunas, Elizabeth. Possuída por verdadeiros delírios místicos, ela arrastará o professor para um furacão de acontecimentos inesperados e delirantes que irão pôr à prova a racionalidade de Mangel. Um misto de paródia mística, farsa sagrada, caminho iniciático, e exorcismo, assinado por dois nomes maiores da BD mundial.

3  – A Viagem
12 de Março
Argumento  e Desenhos – Edmond Baudoin
Um belo dia, Simon um empregado de escritório parisiense, com a cabeça cheia de imagens abandona a mulher, o filho, a casa, o emprego e a sua cidade, para partir numa viagem pela França, à procura de si próprio. Uma viagem poética, com um toque surreal, contada pelo traço sensual de Baudoin, feita originalmente para o mercado japonês e galardoada em 1997 com o prémio para o Melhor Argumento no Festival de Angoulême.


4  – Foi Assim a Guerra das Trincheiras
19 de Março
Argumento  e Desenhos – Jacques Tardi
Retrato realista e cruel da Guerra de 1914-1918, Foi Assim a Guerra das Trincheiras é, de longe, a mais popular e aclamada obra de Tardi, um dos mais respeitados e premiados autores franceses. Homenagem ao seu avô, que lutou na Primeira Guerra Mundial, foi evoluindo ao longo dos anos em que foi sendo publicada. De pano de fundo para histórias contadas em banda desenhada, transformou-se lentamente numa denúncia poderosa dos horrores do conflito que aniquilou uma geração inteira.


5  – Beterraba: A Vida numa Colher
26 de Março
Argumento e Desenhos – Miguel Rocha
Oligário, um patriarca alentejano luta contra a avareza do solo alentejano, que nada lhe permite cultivar e a crueldade do destino, que lhe nega o filho varão que tanto deseja, tentando moldar a terra que o rodeia à sua ambição, numa história simultaneamente épica e intimista, a meio caminho entre o neo-realismo e o realismo mágico sul-americano. Um livro poderoso, de um dos mais talentosos ilustradores nacionais, que volta a estar disponível, agora em capa dura e com uma nova capa.

6  – A Arte de Voar
02 de Abril
Argumento – António Altarriba
Desenho –  Kim
Nascido em 1910 em Espanha, António Altarriba pai atravessará o século e as suas horas mais negras, para se suicidar em 2001. António Altarriba, filho, irá em busca da história dele, para poder contá-la e talvez conseguir perceber as razões do suicídio deste homem de 91 anos que tinha sobrevivido a duas guerras mundiais. Mas mais do que uma simples biografia gráfica, A Arte de Voar é um panorama brilhante do século 20 espanhol.


7  –  O Livro de Mr. Natural
09 de Abril
Argumento e Desenho – Robert Crumb
Um verdadeiro clássico do comic underground, assinado pelo mestre Robert Crumb, protagonizado pela sua carismática criação, o guru Mr. Natural, cuja trajectória acompanhamos, desde as aventuras iniciais dos anos 60, até aos anos 90, marcados pelo controverso ciclo da Devil Girl.

8  – Em Busca de Peter Pan
16 de Abril
Argumento e Desenho – Cosey
Sir Melvin Woodworth, um escritor inglês, parte para os Alpes em busca de inspiração para o seu novo romance, e das memórias do seu irmão Dragan, um pianista desaparecido naquelas montanhas anos antes. Mas, no cenário imponente dos Alpes suíços, Melvin vai fazer uma descoberta que vai afectar de forma profunda a sua vida. A primeira novela gráfica de Cosey, o criador de Jonathan.

9  – Sharaz-De: Contos das Mil e Uma Noites
23 de Abril
Argumento e Desenhos –  Sergio Toppi
Sharaz-De, a Sherazade dos contos das Mil e Uma Noites, surge aqui reinterpretada pelo traço inconfundível do mestre Italiano Sergio Toppi, num conjunto de 11 contos ilustrados num estilo de grande audácia gráfica, marcado por um espectacular sentido de composição, que revoluciona a estrutura habitual da página clássica de banda desenhada. A obra-prima do Mestre Italiano finalmente disponível em Portugal!


10  –  O Diário do meu Pai
30 de Abril
Argumento e Desenhos – Jiro Taniguchi
Yoichi Yamashita um designer que vive em Tóquio, regressa a Tottori, a sua terra natal, para o funeral do seu pai. Um regresso às suas raízes, que leva a evocar a infância e a perceber finalmente o motivo por que o seu pai abandonou a família. Um relato intimista e comovente, com laivos de autobiografia, contado com grande beleza e extrema sensibilidade pelo mais europeu dos desenhadores japoneses, Jiro Taniguchi.

11  –  Mort Cinder
06 de Maio
Argumento – Hector Oesterheld
Desenhos – Alberto Breccia
A vida pacata do antiquário Ezra Wiston vai sofrer uma alteração radical quando conhece Mort Cinder, o vagabundo do tempo, homem de mil e uma vidas e outras tantas mortes. Juntos vivem aventuras em que o ambiente fantástico não esconde uma visão profundamente humana do mundo.
Ponto mais alto da colaboração entre os dois geniais criadores argentinos, Mort Cinder é justamente considerado como uma obra-prima e um livro absolutamente incontornável, que surge primeira vez em Portugal numa edição integral.

12  –  Bando de Dois
07 de Maio
Argumento e Desenhos – Danilo Beyruth
Tinhoso e Caveira de Boi, "os dois últimos sobreviventes de um bando de vinte cangaceiros partem em busca das cabeças decepadas de seus companheiros, preparados para enfrentar um exército. Cada um com os seus motivos. O brasileiro Danilo Beiruth cria em O Bando de Dois um verdadeiro Western Spaguetti em papel, que conquistou a crítica e os leitores brasileiros aquando da sua publicação, em 2010.
Publicado originalmente no jornal Público de 21/02/2015

2 comentários:

SketchbookPT disse...

Boa tarde,

Onde posso pedir um .jpg da publicidade do Público com boa resolução para divulgar esta colecção no meu e-zine?

Obrigado.

Diogo Semedo

JML disse...

O Melhor é pedir à Levoir. pode contactá-los através da página do Facebook delas